Muitos, que não conhecem a Doutrina Espírita, dizem
que a Bíblia condena o Espiritismo. Mas, em verdade, a Bíblia não condena o
Espiritismo. Porque, quando a Bíblia foi elaborada, reunidos os vários livros
que compõem, não havia o Espiritismo. A Bíblia é um conjunto de livros, e esse
conjunto todo, Antigo e Novo Testamento, foi escrito ao longo de 1571 anos
(quase 16 séculos), começou por Moisés em 1437 a.C., até João em 98
d.C.. Espiritismo é um vocábulo criado em 1857 por
Allan Kardec, e que define uma nova ordem de ideias, afim de diferenciá-lo do
que era conhecido por espiritualismo. ESPIRITISMO
é uma doutrina filosófica, científica e religiosa. ESPIRITUALISMO é a crença em algo além da matéria. Muitas crenças creem na comunicação com os espíritos (espírito santo, caboclos, etc. ), mas
não são espíritas, porque não seguem os ensinamentos trazidos pelos espíritos
através de médiuns e organizado por Allan Kardec. Na verdade, o que a Bíblia
proíbe é a evocação dos mortos, conforme se lê em Moisés. Este proibiu
porque tal prática era possível, e além de ser possível dela se abusava. Ainda
hoje há abusos, como procurar um(a) médium para pedir aos espíritos favores
materiais como: destruir casamento, pessoas, etc.; buscar solução para problemas familiares, financeiro, sentimental, etc.; e para alcançar o desejado, muitos usam rituais que
sacrificam animais, e até crianças . . .
Lembrando que espíritos que pedem sacrifícios animais ou humanos, bebidas,
charutos, comida, etc., e se propõe a fazer mal ao próximo, não são espíritos
de grande evolução. Os que buscam, os que intermediam e o espírito que aceita
tal trabalho estão contrariando a Lei de Deus. Respeitamos o livre arbítrio de
cada um, mas, devemos advertir que não é uma prática espírita, ou melhor,
cristã. Nós espíritas, nas práticas mediúnicas, tentamos esclarecer aos
espíritos maldosos e viciosos, sobre a colheita dos seus atos; conversamos também com espíritos
revoltados, apegados à matéria, que não entendem sua condição de desencarnado; ou com espíritos odiosos que para
vingar-se, tornam-se obsessores na vida daquele que lhe fez mal; damos à outros espíritos a
oportunidade de comunicar-se com a família, para trazer consolo, paz, como fez
Chico Xavier por muitos anos, lembrando que tais mensagens ajudavam a retirar a
revolta, o ódio, a vingança, o suicídio, do coração dos familiares; ou então, recebemos mensagens que nos
aconselham como agir no dia-a-dia de maneira cristã, como as mensagens de
Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis, etc. Nós espíritas,
evocamos os "MORTOS" quando há uma intenção útil, como fez Allan
Kardec, ou quando fazemos preces à eles. Pois a prece nos liga, pelo
pensamento, com os desencarnados. E quando
eles querem (e podem) se comunicar, são eles que nos evocam. Aliás, não só nós
espíritas, mas todos aqueles com sensibilidade mediunica. Já que a mediunidade
não foi inventada pelos espíritas, e nem é de nossa propriedade. Na Bíblia, por
exemplo, há várias comunicações mediunicas, e o Espiritismo nem existia. Um
exemplo é o rei Saul buscando uma médium para aconselhar-se com Samuel que já
estava “MORTO”. Essa passagem
está em I Samuel,
cap. 28: vv 8 á 15. O rei Saul proibiu a evocação de mortos, mas ele mesmo a
transgrediu. Agora perguntemos: Jesus transgrediu a lei de Moisés, quando
evocou os espíritos do próprio Moisés e de Elias no monte Tabor? Será que
Moisés deu um puxão de orelha em Jesus dizendo: “Você transgrediu a minha lei?” Claro que não. Jesus apenas
mostrou aos apóstolos que a vida é eterna, que ninguém morre. Sua evocação foi
para algo útil. Ali Ele liberou a comunicação com os "MORTOS". Afinal, se os
espíritas transgridem a lei de Moisés que está em Deuteronômio 18:11, as
religiões que nos condenam, seguem todas as outras leis? Por exemplo: A lei de
Moisés que está em Deuteronômio 21-18à21 e diz: "Os filhos
desobedientes e rebeldes, que não ouçam seus pais e se comprometam no vício,
serão apedrejados até a morte."
Quem segue esta lei? Graças a Deus, não vemos pais apedrejando filhos por
aí. Aliás, quantas igrejas, templos, estariam vazios, pois a maior parte dos
"convertidos" foram, ou são, filhos desobedientes e rebeldes. Em seus
depoimentos, muitos dizem "eu sou ex-viciado", "sou ex-detento",
"dei muito desgosto para minha família", etc. Portanto, se a lei de
Moisés fosse aplicada, não daria tempo de “aceitar Jesus” ou se
"converter" a qualquer religião, porque estaríamos mortos.
Kardec nos adverte no cap.
XVIII, item 51 dizendo: “Lançar reprovação
contra os que não pensam como nós, é reclamar essa liberdade para nós e
recusá-la aos outros . . ."
Fonte: GRUPO
DE ESTUDO
Allan Kardec
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